quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Orbs e Rods

Do Ufólogo Claudeir Covo, do INFA

Desde que o José Escamilla divulgou esse assunto, em 1994, passei a acompanhar tudo que é publicado à respeito. Hoje existem várias dezenas de sites sobre ORBs e RODs, nos mais diversos países, com milhares de fotografias, com as mais diversas conclusões.

Nesse tempo todo fiz as mais diversas experiências, e ainda estou fazendo, bem como tenho trocado muitas idéias e conceitos com outros pesquisadores.

Tenho duas fitas de vídeo do Escamilla. Tenho também um documentário sobre Obliteração Solar. Fiz muitas experiências com Obliteração Solar. Analisei essas inúmeras imagens, paradas e em movimento, além das imagens que eu obtive.

Basicamente, existem duas correntes ao redor do mundo:

1 – Que são uma nova espécie de vida. Alguns dizem serem de outra dimensão.
2 – Que são simples insetos, pássaros, poeira, gotas d’água, pólem, etc…

Como Ufólogo, gostaria muito que os ORBs e os RODs fossem realmente algum tipo de sonda ufológica ou algo inexplicável, mas as evidências dos fatos me levaram a conclusões bem conhecidas, felizmente ou infelizmente, não sei.

A minha conclusão é que os ORBs e os RODs são bem terrestres, envolvendo insetos, pássaros e micro partículas em suspensão na atmosfera.Também não vejo nenhuma diferença entre ORBs e RODs, pois os resultados finais nas imagens são semelhantes, variando apenas nas aletas laterais nos RODs.

A grosso modo podemos definir como ORBs a imagens em fotos, envolvendo círculos (não são esferas) transparentes (partículas em suspensão na atmosfera), totalmente fora de foco.

Da mesma forma, podemos definir RODs os cilindros com aletas (insetos batendo as asas), em foco, envolvendo filmes.

Lamento que os defensores de que ORBs e RODs são uma nova espécie de vida, ou algo inexplicável, em suas colocações, não entram em detalhes técnicos sobre os equipamentos que capturam essas imagens e os equipamentos que reproduzem as mesmas.

É fundamental ter conhecimentos técnicos sobre as máquinas fotográficas, bem como as videográficas. As pessoas que estudarem isso, com certeza vai ter outros elementos para entender o que realmente acontece com as imagens finais de ORBs e RODs.

Historicamente falando, o primeiro dispositivo de ver imagens foi a CÂMARA ESCURA, conhecida desde a época de Cristo. Tudo indica que essa câmara foi utilizada por Leonardo da Vinci para fabricar o Santo Sudário, mas essa é outra história.

Em 1826, o francês Joseph Nicéphore Niepce conseguiu, pela primeira vez, fixar uma imagem, com o auxílio de sais de prata e com o princípio da câmara escura, após 8 horas de fixação. Depois disso, várias pessoas perceberam que uma seqüência de fotos podia dar a falsa sensação de movimento. Após inúmeras tentativas, chegou-se ao Kinetoscópio, no final do Século IXX.

Tiveram que usar uma exposição de fotos acima do tempo de retenção da retina humana, de aproximadamente 1/18s. Utilizaram 24 quadros por segundo e cada quadro é apresentado 2 vezes, tendo assim 48 campos por segundo. Assim nasceu o cinema.

Já no século XX, a televisão partiu para o mesmo conceito, utilizando 30 quadros por segundo, sendo que cada quadro é apresentado 2 vezes, tendo assim 60 campos por segundo. Também temos que saber que o feixe de elétrons emitido pelo cinescópio varre na freqüência horizontal de 15.750 Hz e na freqüência vertical de 60 Hz.

Assim, temos o efeito estroboscópico, o batimento de freqüências, entrelaçamento de imagens, etc…, que afetam a visão humana e nos dá a falsa sensação de algo que não está acontecendo, como a roda de uma carroça que gira para trás, mesmo ela indo para a frente.

Também temos que levar em conta a movimentação da câmara, a movimentação da partícula ou inseto e a movimentação das asas de um inseto. Tem inseto que chega à velocidade de até 60 Km/s. Tem inseto que bate as asas na incrível freqüência de 1.000 (mil) vezes por segundo, que é o caso da libélula. Fotógrafos profissionais só conseguiram fotografar uma libélula com as asas “congeladas” (sem movimento), utilizando velocidades do obturador em 1/25.000s. Temos também que levar em conta a abertura, o tempo de exposição, a distância, o foco, a sensibilidade do filme, etc… O mesmo conceito também se aplica nos equipamentos digitais.

Com esse dados em mãos, já podemos começar a fazer as nossas próprias experiências e ter elementos concretos em mãos para se chegar a uma conclusão CORRETA.

Com um tempo de exposição convencional de 1/60s, uma simples bola de bilhar em movimento, deixará de ser uma bola e passará a ser um ROD.

O tamanho do ORB e do ROD não importa, pois podemos conseguir o mesmo efeito utilizando micro ou macro elementos. Por exemplo, fiz a foto de um “ROD” com mais de 30 metros de comprimento, a uma distância de 150 metros. O resultado final é o mesmo. Trata-se de um avião.

Se esse gigantesco “ROD” (avião) estivesse batendo as asas, teríamos ao lado do falso cilindro movimentos helicoidais.

Se no tempo de exposição de um fotograma, o inseto bater 5 vezes as suas asas, iremos ter uma figura do seguinte tipo:

Se fazermos 4 cortes transversais no ROD acima, à direita, e sobrepor as 5 imagens resultantes, iremos ver claramente que são iguais, ou seja, o inseto foi capturado 5 vezes no mesmo fotograma.

Outro detalhe importante é conhecer um pouco de IMAGENS FORA DE FOCO

Nesse caso, quando a partícula em suspensão na atmosfera ou inseto estiver totalmente fora de foco, o tamanho final vai ser aumentado em dezenas de vezes. Nessa primeira figura do site acima recomendado, vemos que um simples ponto fora de foco (O2) vai ter o enorme tamanho definido por F’1 e F’2 (vide figura).

Assim, com imagens fora de foco, um simples micro objeto vai ter um tamanho bem grande e transparente, como nessa foto onde um ORB aparece sobre a cabeça do nosso colega Marco Antonio Petit.

O ORB sempre será CIRCULAR quando o diafragma estiver totalmente aberto. Se o diafragma estiver ligeiramente fechado, o ORB terá a forma da quantidade de palhetas do diafragma, que pode ser tetragonal, pentagonal, hexagonal, etc…

Bem, podemos também pegar ORBs parados e em movimento, inclusive com a decomposição da luz branca no espectro colorido.

Um simples pássaro irá gerar o seguinte ROD:

O incrível é que quando as pessoas conseguem algum ORB ou ROD em um cemitério, o assunto passa a ser alma, alma penada, espírito, assombração, etc…

Quando o objeto está ligeiramente perto do foco, a imagem final pode ser bem sugestiva, como esse ORB “apaixonado”.

Bem, não sou o dono da verdade e sim um simples pesquisador. Todas as minhas teses eu procuro reproduzir em laboratório, que normalmente é a sala da minha casa ou quintal. Quando consigo reproduzir, então concluo ser a tese verdadeira. Quando eu não conheço um certo assunto, eu procuro pessoas que entendem para, assim, aumentar os meus conhecimentos, antes de lançar uma hipótese aleatória, sem nenhum sentido e sem embasamento científico.

Se o José Escamilla provar que a sua teoria está certa, certamente ele vai ganhar o PRÊMIO NOBEL. Depois de 12 anos isso ainda não aconteceu, e eu tenho certeza que nunca vai acontecer. Se eu estiver errado e ele me provar, saberei humildemente pedir desculpas.

Fonte Site Ceticismo Aberto


Nesse vídeo, impressionantes Orbs.

E observem que eles aparecem nas imagens apenas depois que a meditação acontece. Diante do que vimos acima e do que vemos aqui, leitor do Nave, tire suas conclusões.


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