por Meredith Murphy
Tenho reparado ultimamente na surpreendente abundância de vídeos, mensagens, livros e ideias por aí acerca do que está a acontecer dentro de nós. Geralmente, não presto muita atenção a isto, mas este mês passado como estava de mudança e a desempacotar, permiti-me vaguear…
Li mais coisas online do que o costume e ouvi muitos dos atuais diálogos por aí sobre as mudanças energéticas. Cliquei em ligações de e-mails que os leitores me enviaram, vi vídeos do YouTube que amigos meus colocaram no Facebook.
Assisti a algumas teleconferências sobre a ascensão planetária e o Calendário Maia. Nada disto é a minha forma habitual de ser – normalmente eu estou centrada interiormente e a minha leitura, o meu estudo, meditação e tudo o que eu absorvo se relaciona com a minha atual busca apaixonada.
Foi uma experiência interessante e aprendi imensamente. Isso também me deixou a sentir-me às vezes simplesmente desanimada. A razão é – eu permiti que a minha atenção fosse dividida em muitas direções enquanto o fiz e, sendo uma criadora poderosamente magnética, eu atraí cada vez mais quantidades de tópicos para a minha experiência. Em vez de ser alimentada, eu senti-me esgotada. Em vez de direcionar a minha manifestação de dentro da minha experiência e escolher o que eu preciso e quero experienciar – e atrair isso – fiz simplesmente o que chamaria de “provar do buffet”.
O problema é que o que eu preciso e quero pode não ESTAR lá. E se estiver, estou a saudá-lo de uma forma presente, reverente de forma a reconhecer e absorver as suas dádivas?
Deixai-me explicar…
Quando eu era formadora há anos atrás, lembro-me de ouvir uma excelente história acerca de sermos interiormente orientados. Falei acerca de como nós decidimos onde almoçar. Então, para partilhar isto, peço-vos que imagineis por um minuto que eu e vós estávamos numa rua movimentada, num lindo dia, cheia de outras pessoas bonitas, de restaurantes e lojas. Estávamos a visitar e a passar um dia delicioso juntos e agora tínhamos fome e estávamos prontos para almoçar.
Podemos olhar para baixo e para cima da rua, lembrando-nos em que restaurantes passámos e escolhermos o que nos parecer bom (provar do buffet).
Ou existe outra abordagem. Eu posso dizer-vos, “O que gostaria de almoçar?” E depois de parar por um momento para vos ouvir, respondeis, “Está realmente a apetecer-me peixe e uma agradável salada fresca”.
A primeira abordagem pode levar-nos ao peixe, a segunda significa que não vamos simplesmente encontrar peixe, mas muito provavelmente a mais maravilhosa versão dele. Nós sabemos o que sabe bem para o nosso corpo eternamente novo e estamos a agir em coerência com o alinhamento presente do momento. Grande diferença!
A outra coisa interessante que eu descobri sobre ler muita informação este mês passado foi que a alegria interior habitual da minha própria leitura dirigida, estudo e canalização, escrita e reflexão, também se diluiu. A razão? Tamanho sem relação com a profundidade.
Prefiro aprofundar a minha experiência, o que normalmente se desenrola no momento perfeito, trazendo temas relacionados com base no aprofundar de um foco original. Embora eu tenha uma interessante visão da paisagem – o que é que estou realmente a ler nesta visualização? Estou a ler um reflexo coletivo do passado de muitos outros pontos de foco.
A minha maneira normal de ser é ir atrás dos meus próprios interesses e paixões, das minhas curiosidades e prestar atenção àquilo que me desperta interesse. Isto leva-me sempre a algo de maravilhoso e interessante e, com o tempo, aprendi a confiar nisto. Os livros e coisas surgem, mas podem não ser lidos até muito mais tarde e então, de repente, fazerem um perfeito profundo sentido por um feliz acaso. Sou levada para o que aprofunda e expande o meu caminho. Isto pode significar ver um vídeo ou ler algo escrito ou canalizado por outra pessoa – mas flui da minha própria inspiração em vez de colidir com ela enquanto consumo e petisco na paisagem.
Para mim, tendo a seguir intuitivamente um determinado caminho de aprendizagem e ir fundo e forte nele. Sou naturalmente atraída para o que me diz perfeitamente e sinto normalmente uma alegria ilimitada e reverência à medida que a minha consciência comprometida assimila e eu integro novas perspetivas, liberto umas que já não preciso e evoluo conscientemente.
Confio que a minha função como canal é ser eu e permitir o que ocorre dentro de mim, as minhas questões e o sentido das coisas para dar foco e colaboração ao campo com o qual me coneto. Confiar que o meu caminho ressoará com os outros com quem estou destinada a partilhar e colaborar. Quanto mais verdadeira e confiante estiver em relação a isto, mais eu descubro que o meu trabalho ressoa com os outros.
Tal como a velha lição com frequência ensinada nas aulas de redação – questões de especificidade. Quanto mais específicas fizerdes as coisas por escrito, curiosamente mais universais elas se tornam. O mesmo é verdadeiro com cada um de nós. Quanto mais permitimos que a incrível diversidade peculiar que somos forme e modele os nossos caminhos, mais os nossos caminhos nos podem libertar para a Unidade e Alegria e emitir uma luz brilhante da plenitude clarificada para alguém que possa estar pronto para ecoar e vibrar em sincronia com este maravilhoso campo-amoroso que estamos a ser e a tornar-nos.
Se gostaríeis de o tentar, sugiro que vos limiteis a pensar no que vos interessa. Ponto. Não vos preocupeis com o que as outras pessoas estão a aprender ou a fazer nos seus caminhos de Trabalhadores da Luz e se sabeis ou não todas as coisas certas, em vez disso, ainda mais uma vez – confiai em vós mesmos.
As coisas que, pessoalmente, precisais para serdes tudo o que possais ser irão surgir e, embora o caminho possa parecer inconvencional ou divergente – é o vosso caminho maravilhoso e é o caminho certo para a vossa vida.
Isto não quer dizer que não vos permitais interagir com o mundo e tudo o que ele apresenta – mas que trazeis os vossos padrões para o jogo. Para mim, a maneira mais fácil de o fazer é usar a ressonância como critério para permitir algo. Se eu mantiver o meu foco dentro de mim e no que eu atraio a partir das minhas próprias conexões, então quando eu corro para algo relevante, eu sinto um zumbido, isso parece certo, sou inexplicavelmente atraída para isso – é como a ressonância se mostra para mim. Existe uma vibração semelhante e eu sinto-a e vou lá direta.
Para focardes a vossa experiência, entregai-vos àquela coisa que parece realmente interessante para vós agora e deixai de prestar atenção às coisas que não vos interessam. Isso por si só pode ser uma soberba experiência de bem-estar!
Agora, o que vos interessa pode parecer espiritual – como a energia áurica ou abrir mais o chacra do coração – ou pode ser a decoração da casa ou organizar melhor a vossa cozinha. Não vos preocupeis – confiai nisso.
Depois permiti que este interesse, esta curiosidade seja o vosso foco. Ponderai neste assunto o quanto quiserdes. Refleti sobre ele enquanto ides dormir, por exemplo. Perguntai o que quiserdes em relação a ele. Explorai a vossa curiosidade e vede onde ela vos conduz. Tende a intenção de um maior entendimento, de serdes levados para o que faz sentido e alegria – ou quaisquer que sejam as experiências desejadas – que surjam deste interesse.
Expandi-vos para algo que vos satisfaz neste momento. Ide fundo dentro de vós usando o vosso interesse como um caminho para a presença total e permitindo que a vossa atenção vá para onde quer ir. Não vos importeis se não se encaixar imediatamente na vossa vida de uma forma óbvia ou se faz sentido. Às vezes não fará.
Limitai aquilo que assimilais energeticamente ao que atraís para vós próprios e ao que ressoa convosco em termos da vossa própria escolha e padrões em vez de sentirdes que tendes de ler, experimentar e processar tudo que aparece no vosso caminho ou tudo o que ressoa com os outros.
É uma excelente maneira de viver. TÃO fácil confiar simplesmente que tudo o que precisais virá para vós no tempo divino e de uma forma que seja divertida para vós. Porque não?
Sede VÓS. O rio da vossa energia clarificará e será elevado, e também vós o sereis. E então, linda e simultaneamente sem qualquer esforço seja no que for, elevareis tudo o que é. É giro como isso funciona, não é?
© 2009-2010, Meredith Murphy, Expect Wonderful|Modern Paradise Publications - http://www.expectwonderful.com
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