segunda-feira, 11 de julho de 2011

A jornada do amor incondicional

Por Harold W. Becker

A jornada da vida toma uma nova direcção quando nos tornamos cientes do poder do amor incondicional que reside dentro do nosso coração em cada momento. Esta consciência começa uma nova abordagem à vida que leva à paz pessoal, harmonia natural e genuína riqueza interior. Ela muda também a própria estrutura da sociedade à medida que começamos a expressar de forma consciente este amor ilimitado. Tudo e todos são notavelmente afectados por esta energia à medida que caminhamos na nossa vida diária a cada passo e encontro uns com os outros.

Ser consciente do amor despoleta a centelha que torna todas as coisas novas e restaura a plenitude onde pensávamos que estávamos incompletos. Esta é a energia e saber que abre caminhos em todos os diversos mundos, pensamentos e perspectivas e restaura a nossa conexão inata a todas as coisas. O amor e, mais apropriadamente, o amor incondicional, é o que traz paz e entendimento num momento onde antes ele parecia não existir e talvez mesmo ser impossível.

Então, como compreende alguém esta simples mudança de atitude? Isto começa com um desejo de saber quem somos enquanto seres neste plano terrestre. Trata-se de uma mudança de perspectiva de procurarmos em desespero fora de nós mesmos para a compreensão de virarmos a nossa atenção para dentro.

Ao começarmos o processo de despertar consciente, começamos a reparar e a observar quem somos relativamente a quem pensamos que somos. Esta mudança subtil traz uma enorme alteração na compreensão pessoal. Nós vemos com novos olhos, ouvidos e percebemos um mundo paralelo que sempre existiu e no entanto estava bloqueado fora da nossa consciência pelas nossas próprias crenças limitadas.

Muitas vezes perguntam-me, “Como é que eu inicio este processo?” A minha resposta a esta questão significa que já o começou. Tal é a natureza da realização auto-consciente – começamos por colocar novas questões sobre a vida, desde que já não estejamos mais interessados nos velhos hábitos que temos vindo a experimentar. Para mim, não se trata necessariamente de uma jornada espiritual ou filosófica; em vez disso, eu comparo-a a uma abordagem prática de senso comum e a um esforço deliberado para “saber a ti mesmo” e com uma sempre crescente auto-aceitação, para também “amar a ti mesmo e a todos os outros sem condições ou limites”.

Cada um de nós é uma poderosa fonte de amor quando permitimos que esta energia se expresse naturalmente. Não há nada que tenhamos em última análise que fazer, em vez disso permitamo-nos sentir e ser amor. É tão simples como isto. Contudo, para muitos, o amor está escondido debaixo de camadas de mágoa, de traumas, de drama, de dor e sofrimento. Memórias emocionais, dúvidas não confessadas, medo, ressentimento e uma multiplicidade de velhas crenças impedem-nos, muitas vezes, de perceber que estes pensamentos e sentimentos não têm verdadeiro poder sobre nós. Nós damos-lhes poder ao vivermos no passado e tendo medo do futuro.

Ignoramos o amor que está presente em cada momento ao adotarmos a limitação. É hora de mudar isso. É hora de nos libertarmos da auto-escravidão criada por nós mesmos.

Quando nos aceitamos simplesmente por quem somos, transformamos o momento em paz, estabilidade, harmonia, alegria e amor. Este processo começa com o libertar das nossas crenças limitativas, erros do passado, falta de auto-estima, orgulho e ego através do acto consciente do perdão. Cabe-nos a nós enquanto indivíduos levarmos a cabo esta jornada de cura e de sensibilização consciente.

Quando sabemos quem somos e porque agimos e reagimos da maneira que fazemos, começamos a ver-nos a nós próprios nas faces da humanidade. O reflexo da mágoa é a nossa mágoa, a dor deles é a nossa dor, a raiva dos outros é a nossa raiva, tal como o riso e a alegria reflectem o nosso próprio coração. É visto também na face da natureza. A sua destruição é a nossa destruição, a sua beleza é a nossa beleza.

Igualmente, vemos nos nossos filhos o nosso potencial e no seu sorriso vemos a nossa alegria. Estas expressões aparentemente aleatórias são os nossos pensamentos do passado à procura de manifestação. É o nosso lembrete constante de que o amor é a resposta e a pergunta.

Para ver o amor nos outros, devemos primeiro conhecê-lo em nós. Construímos uma nova realidade neste momento presente quando desprendemos. Transformamos o mundo quando mudamos a nossa perspectiva pessoal. Quando escolhemos o amor em vez do medo, a bondade em vez do ódio, a integração em vez da separação, trazemos um novo reflexo para a humanidade … os nossos amorosos eus.

Amor, luz e paz,


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Tradução: Ana Belo – anatbelo@hotmail.com

Luz de Gaia - http://www.luzdegaia.org/outros/diversos/jornada_do_amor.htm

Nave Mãe - http://navecomando.blogspot.com/

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