Por Saulo Calderon, do IVA
Buscamos lucidez, é verdade.
A gente acaba cobrando de todos um despertar, atitudes melhores.
Mas estamos tão inconscientes disso.
Parece que só estarmos olhando pra gente mesmo, e muito mal inclusive.
Em todo lado percebemos isso.
No trabalho vemos pessoas só ligadas a si mesmas, ou na inconsciência de só tratar bem aqueles a qual tem interesse para si mesmo, enquanto os mais simples são por vezes ignorados.
No trânsito parecemos com pressa, parecemos nem aí para ninguém.
Não mostramos paciência, parece que perdemos o sentido da vida. E vamos ficando amargurados, fechados, infelizes.
Raramente vemos gestos de carinho, um olhar mais brando.
Até as nossos cortes do rosto mostram peso, vejo faces amarguradas, pesadas de tantas visões fechadas.
Pessoas sem fé, sem aquele amor pela vida, sem aquela magia que nos movimenta.
É só a preocupação com o TER, o SER algo na vida.
E vemos a depressão atingir e nos pegar em cheio e depois dizemos não saber bem o por quê.
Não pensamos quando julgamos os outros, aliás, parece ser uma febre isso pois o tempo todo se vê alguém reclamando de algo ou de uma pessoa.
E quando ficamos assim é mesmo difícil pensar no próximo. Quando entramos de mais na gente parece que nos distanciamos dos outros polos, dos outros planetinhas ao redor.
E o absurdo vai virando “normal”.
Pessoas dormem nas calçadas e é normal já, nossas crianças também estão crescendo assim.
O mau humor parece ter acessado nossa vida, nossa cultura.
Precisamos de bons exemplos.
De pessoas que acreditem nessa magia.
Que não deixem que se perca essa energia de carinho.
Precisamos daquele que deixe os outros passar.
Precisamos daquele que sorri, que tenha leveza no semblante.
Precisamos SER essa pessoa.
O ser legal, gente boa, ser simples, divertido.
Parar de dar tanta opinião radical, de chamarmos tanto a atenção de todos.
Alguém que compreenda que estamos vivendo numa sociedade doente, e que só o remédio do bom exemplo pode mudar isso.
Alguém que dê bom dia, mesmo quando não respondam.
Alguém que cante, mesmo quando todos parecem silenciados pelo GRITO interno da falta de paz.
Alguém que seja CARIDOSO.
Mas não caridoso porque Jesus Disse, ou porque é bonitinho e está escrito em alguma escritura, mas por sentir a maravilhosa alegria de ser assim.
Perguntei-me se eu estava conseguindo ser assim, e a resposta foi simples: não, longe disso ainda estou.
Às vezes fico bravo.
Às vezes me pego reclamando.
Às vezes não percebo a minha inconsciência e sou mergulhado nessa energia densa que vem como Tsunami e nos leva a todos, ela é muito forte e mexe demais com todos nós.
Olhe para seu lado agora e veja o que dá para fazer.
São gestos simples, mas precisamos de médicos da paciência, pois estão todos doentes necessitados do remédio do sorriso e do amor.
Não é preciso grandes obras para ser uma boa pessoa.
É preciso só elevar o seu interior, acalmar ele para onde estamos e para a utilidade que podemos ter, caso observemos isso sem agonia.
Aqui é um ótimo lugar para começar.
Onde?
Aí bem pertinho de você…
É só desligar um pouco o EU, entre em órbita e saia um pouco de seu mundo, e veja como todos estão tão presos em suas gravidades.
E se for visitá-los, é simples:
Vá como um extraterrestre inteligente pois, nem todos estão preparados para um contato como esse, por isso às vezes é na sutilidade que ajudamos.
Pois bons gestos e leveza amigo, tem sido atos extraterreno de tão raros por aí afora.
Leve seu ETzinho interno para passear por aí e não se esqueça de levar na bagagem de seu OVNI, a alegria, a simplicidade e o respeito para cada mundinho que for visitar.
Um lindo dia extraterreno.
Saulo Calderon
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