Por Saulo Calderon – do IVA – Instituto Viagem Astral
Não sou de pedir muita coisas aos mentores ou a Deus.
Normalmente deixo as coisas seguirem o rumo natural e também sempre preferi que o melhor seja decidido pelos amigos espirituais.
Só que há um tempo venho buscando mais lucidez enquanto encarnado mesmo. Venho buscando fortemente a tentativa de abertura de lucidez, de percepção, de compreensão do que sou, do que faço aqui. Da lucidez em olhar as pessoas e aprender a respeitar cada pessoa, de aprender a me comunicar melhor, a passar os poucos conhecimentos que carrego de forma bem dosada. Enfim, de não adormecer perante os acontecimentos ao meu redor e procurar melhorar aquilo que sei que principalmente vim fazer, a mim mesmo. Sinto-me pequeno para essa percepção. Achamos que sair do corpo de vez em quando é lucidez… Lucidez é a capacidade da auto-percepção, de sabermos observar e ouvir profundamente a nossa alma.
E confesso que tenho sentido extrema dificuldade em conseguir essa percepção no corpo físico. Tem horas que simplesmente me sinto desligado, perco o foco, como se estivesse realmente adormecido de mim mesmo. Sei que isso também faz parte da evolução, do que somos atualmente e que nascer tem como repercussão apagar um pouco dos pesos que nós mesmos não suportamos. De lembranças passadas, de erros de outrora.
E há mais ou menos dois meses sentei pra conversar com Deus e os Mentores sobre isso. Não foi uma prece decorada, simplesmente sentei e comecei a conversar, falando em linguagem sincera e sem formalismo.
Falei tudo que pensava, vibrei alto naquele momento. Senti meu chacra coronário rodar fortemente, arrepios pelo corpo inteiro enquanto vivenciava aquela ligação com o alto, era a certeza que estava sendo ouvido. Que algo estava ligado naquele momento com a sinceridade que emanava.
Solicitei uma coisa: Queria abrir a lucidez de forma mais forte, ainda no corpo físico. Não queria mais agir e pensar sem perceber cada detalhe. Queria não mais esquecer o que faço aqui, queria estar desperto para meus erros pessoais, queria poder olhar as pessoas com o mesmo carinho de sempre, mas também perceber bondosamente como poderia ser útil a elas, ver os adormecimentos principalmente pessoais. Sei que nem sempre isso é possível e que talvez em níveis maiores eu não tenha mesmo essa capacidade, mas pedi que pudesse acessar um pouco mais do que sou, somente.
Não pedi uma coisa que não tinha, eu pedi que eu conseguisse ser mais eu mesmo, acessar memórias e informações que sei que carrego na alma, como todos nós também temos.
Adormeci depois disso achando que teria alguma experiência ou mesmo sonho, mas não me lembrei de nada ao amanhecer.
Porém, dois dias depois dessa sintonia com o alto, pela manhã ao lado da minha cama ouço uma voz: Tem certeza que deseja lucidez? Tem noção do sofrimento que isso pode lhe gerar? Lembrar mais do que você é, do que fez, perceber em cada pessoa também os seus momentos?
Eu respondi sem titubear e praticamente gritando mentalmente: Sim! É o que desejo, por mais que isso seja sofrido, quero ver, não quero mais adormecer perante ao que sou.
E agora, quase dois meses depois começo a ter experiências fortes. Como se essa abertura estivesse vindo aos poucos. Não entendo muito bem ainda o por quê dessas visões, mas sei que são importantes para minha limpeza interna, do subconsciente, das dores que carrego adormecidas em mim mesmo e que acabam por estarem comigo mesmo eu não a percebendo com clareza.
Sei que as coisas virão paulatinamente, no momento certo e começaram com respostas de erros ainda dessa vida, traumas e dificuldades do passado que carrego na Alma. Tenho tido algumas visões tão fortes que nem tenho coragem de escrevê-las.
Mas algumas coisas vou dividir sim.
Não acho que seja uma coisa fácil.
Não aconselho a qualquer pessoa buscar isso, a não ser que esteja pronto na alma, inclusive preparado emocionalmente e principalmente, que tenha a humildade de perceber o quanto temos que aprender e melhorarmos.
É de verdade uma dor rever algumas coisas.
Andei vendo meu passado, minha família e até mesmo animais de estimação que convivi na infância, verdadeiros amigos que nunca esquecerei, uma saudade imensa. Reencontrei algumas coisas em mim mesmo.
Morro de medo de ver minha família espiritual, a verdadeira família nossa, mas estou pronto para isso. Tenho medo pois eu tenho uma pálida noção de como seria um encontro desse e já me tremo.
Quem nunca sentiu uma saudade de algo que não entende direito do que se trata?
Quem nunca sentiu falta de um lugar, ou de alguma coisa?
Quem nunca teve a ligeira impressão de que é mais do que aparenta ser nessa vida?
O que vim fazer aqui? Já se perguntou isso?
Mas de verdade?
Está pronto para as respostas?
Eu quero estar!
Posso não encontrar do jeito que penso, mas não vou desistir de mim.
Conhecer a si mesmo talvez seja o maior desafio que temos, em qualquer dimensão…
Lucidez a todos nós.
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