O processo das mudanças em nossos padrões de comportamento estão acelerados. As mensagens, ou recados do céu, que nos chegam continuamente, falam dessa nova forma de sentir as coisas, que é nada mais que: resolver, deixar ir o velho e apenas sentir o agora. Simples. Essa é uma das nossas mais importantes lições de casa a fazer, sem dúvida, porque ela é colocada em destaque continuamente, tanto a pedido do nosso Eu, quanto externamente, pelas mensagens.
Acho que cada um de nós já leu a respeito mais de uma vez, senão muitas vezes. Eu já escrevi esses conceitos muitas vezes. Ler, falar a respeito, saber da existência é uma coisa. Entronizar, viver como realidade o novo conhecimento, é outra. Então vamos ver se estamos colocando em prática mesmo?
Nós trazemos conosco uma grande bagagem, de tempos imemoriais. Um aspecto dela é o que trouxemos de Casa, onde acessamos nossa divindade, pureza, Luz. A vontade de ser criança, de voar, de ser um com todos. Bendita bagagem, bagagem luminosa! Mas nós vamos falar mais demoradamente da outra. Aquela grande mala pesada e sem alça, aquela que transporta nossos conceitos advindos de experiências de vida. Quase toda ela é ilusão, impressões que fomos acumulando, conceitos que fomos formando, e convenhamos, a forma de enxergar as coisas está se clarificando hoje em dia, então era bem vesga a visão que tinhamos do que víamos. Delas nasceram impressões, que ficaram gravadas. Isso se tornou nossa historia de vida, vivências que, notemos ou não, usamos como referência todos os dias, em cada momento NOVO que chega. É isso, alma querida, irmã da minha, é isso que precisamos deixar ir, e vamos entender porque.
Nós somos resultado de algumas construções. Temos aquilo que nos foi ensinado quando éramos crianças, noções de vida que ensinaram aos nossos pais, que nos foram transmitidas . Aqui, temos em muitos casos, o ponto fraco, o processo poda-asas da maioria das pessoas. “Filha, é muito feio fazer tal coisa, uma boa moça jamais fará tal coisa”. E de cabelos brancos, esse “ensinamento” ainda me volta, sem que eu perceba ou queira. Foi sulcado em mim, assim como foi em todos os que receberam as mais loucas versões de como se portar. E a nós, que queremos sair do estado de coisas rançosas e ultrapassadas, a nós nos cabe falar disso, pensar nisso, identificar e esmiuçar esse amontoado de bobagens e enfim, nos desfazermos deles. Saberemos que estamos fazendo isso quando identificarmos a velha noção chegando, toda empoeirada e caquética, e nosso interior disser um belo NÃO, ISSO É BOBAGEM. Muito foi perdido, muito escorreu pelos nossos dedos, por usarmos como referência crenças vazias, tradicionais, pobres. Muitas mangas foram deixadas de serem saboreadas, porque tínhamos tomado leite momentos antes. Ria disso tudo, querido leitor. Vamos curar isso? Visualize-se, lembre-se, de como agiu, sendo o bom filho ou boa filha, que por amor aos pais e por ter coração puro, e por querer fazer o melhor, (que é o que parecia isso tudo: o melhor) , obedeceu esses ensinamentos. Na verdade, os pais passaram com excelente intenção, mas são lixo, lixo poda-asas. E eles também foram castrados por acreditarem nisso.Você não será ingrato se fizer isso, visualize seus pais compreendendo os equívocos, rindo com você disso, os abrace. Tente imaginar você se desfazendo do seu enorme saco de crenças supersticiosas e velhas que carregava nas costas, algo pesado e desnecessário que você levou por onde ia, e usava como referência. Bendito seja seu coração bom que acreditou, e o coração bom dos seus pais que achavam que faziam o melhor. Bendiga isso tudo! Mas é hora de acabar. Que você agora não carregue mais essas noções, que esse jogo de imaginar que fizemos o ajude, e quando você estiver, e estará, diante de tantas novidades, não consulte mais seu banco de dados velho! Já te falo sobre “qual programa” usar.
Olha que parágrafo grande deu nossa historia de vida cheio de crenças infantis? Sabe, querido leitor, eu conheço muita gente por esse mundo virtual tão grande, são relacionamentos mais afins e próximos do que muitos dos quais eu aperto a mão, na realidade física. Quantas vezes ouvi “ sou assim porque fui ensinada assim, desde criança, isso é muito difícil mudar”. Eu mesma carregava os meus, e sei do tamanho disso.
Vamos agora para as dores que você mesmo fabricou. É mais um saco cheio que carrega nas costas. Você leva ele pra onde vai. E quando precisa remexe nele pra achar algo que corresponda ao que vive, uma velha saída pra uma nova situação. Tem algo errado aí, não acha? Desde criança, você reagiu a cada situação nova que viveu. Algo te machucou, você arquivou aquela sensação. Você estava indo além, mas algum comportamento alheio te fez se sentir rejeitado, incapaz, pequeno. E você arquivou essa dor. Quando algo hoje dá sinais que vá machuca-lo de novo, você acessa aquele desconforto, e REAGE da forma que machuque o mínimo possível. Você criou um escudo, está se defendendo. Exemplos? Você conhece um novo amor. Remexe no seu saco de vivências e busca algo que se aproxime da energia. CLASSIFICA essa situação nova com uma vivência que teve há anos, e se aquela foi ruim, coitado do novo amor, ganha um tchauzinho. Outra? Você sente uma presença do seu lado, um ser que você não sabe quem é, está ali. Você não o vê, mas sente. Isso é novo para você, e não sabe o que fazer. Remexe no seu arquivo MORTO e encontra noções absurdas de uma mistura de religiões ou crenças que teve acesso até hoje. E com base nesse amontoado de confusão e superstição conclui: isso não deve ser bom pra mim. E corta a conexão, não o sente mais do seu lado. Era um Ser Amigo, queria te dar umas dicas. E ainda você, “muito esperto” pensa: “viu só? Devia ser algum obssessor, eu não quis, ele foi embora!”
Somos ainda tremendamente ligados às noções de bem e mal. Você consegue perceber o que tem feito? Você está analisando o novo que te chega a partir de vivências velhas que teve. Régua velha pra medidas novas. E se aquele seu novo amor ( que já foi embora) era diferente de tudo que você CONHECE? Você permitiu-se senti-lo? Se olhar de cima, vai ver que tem andado em círculos, aplicando às novas situações conceitos velhos, e repetindo, repetindo, repetindo. Por isso o convite a esvaziar-se e apenas sentir o que te chega está sendo feito com tanta efusividade, para que você entre na nova situação desarmado, sem conceitos definidos. Para que não faça planos nem tenha expectativas. Expectativas. Perceba o que é uma expectativa. Você traça uma série de comportamentos e situações, lá, com seu o programa de vivências antigas, resolve que aquilo é o melhor que existe, e joga nas mãos de alguém. Toma: você DEVE SER ASSIM. Faça-me feliz. Enxerga o desatino que é isso? E se não é cumprido conforme você traçou, você se permite magoar, machucar, entristecer. Vamos acordar? Vamos parar de estragar as belissimas novas páginas que a vida nos manda?
Sobre comportamentos. Vamos entender como estamos agindo. Sabe quem é o cara durão, que usa aquelas palavras bem doloridas, e te assusta com aquele jeitão bem ogro? É um menino bem medroso! Ele aprendeu uma técnica que tem funcionado bem. Ele fere antes que o firam. Ele afasta os “adversários” antes que eles percebam o quanto ele carrega feridas e antes que eles enxerguem e cutuquem essas dores. Esse menino durão e bravo precisa de amor. Precisa de espaço para mostrar-se e ser acolhido, para que confie em si novamente. E precisa entender que a vida não será sempre a dor que foi um dia. Que graça tem mesmo viver assim? Vamos sair disso?
Falando do conhecido e do novo. Nós abarcamos pouco das situações. É a conhecida imagem da ponta do iceberg. Sempre há muito mais que não acessamos, e então como podemos emitir juizos de valor do que não conhecemos? E pra que emitir? Porque apenas não deixar fluir? Eu olho para meu carro e vejo o meu carro. O mecânico olha para o meu carro e vê o motor, toda uma engrenagem que eu nem imagino como funciona. Ele conhece a fundo, eu não. Como posso querer aqui explicar como funciona, se eu não sei? Use isso para o seu agora. Como pode querer classificar, rotular uma situação nova se você ainda não a conhece? No entanto, é isso que faz, usando noções velhas.
Hoje, somos convidados a aprender como funciona o motor do carro. Somos convidados a deixar os métodos que usamos tanto e a aprender um novo. Como? Diante de cada situação, esteja limpo, sem saco de entulho nas costas... sinta apenas, não compare, que comparar empobrece sempre. Tente ver como é esse novo motor, como ele funciona, esqueça todos os outros que já conheceu. A grande solução é nosso grande desafio: sentir, apenas sentir. Identificar o chatíssimo ego querendo novamente levar a nova situação para o velho sistema usado até hoje. Poxa vida, e cortar. Cortar até que seja natural não mais acessar. Vamos experimentar? Anjos humanos gostam de experimentar o novo! Aqui unidos em intenção nesse texto, tentemos lembrar de quantas situações novas e boas foram abortadas sem que nem tivessem tempo de mostrarem-se, pelos nosso medo de sofrer. Até quando vamos continuar dispensando tanta coisa prazerosa e nova? Agora que você entendeu esse mecanismo, identificou, atualize-se.
Meu irmão de jornada, nesses tempos de profundas mudanças, creia que somos todos solidários nas nossas dores. Não há algozes, há falta de entendimento, e cada um faz o que pode, com o que conhece. Iniciemos uma nova forma de enxergar a vida. Mais leve, mais simples, mais criança. Desarme-se, perdoe, descomplique. Derrubemos as barreiras que nos separam do outro, nós estamos juntos nisso.
Com as minhas mãos unidas nas suas, em Unidade e Alegria,
Ana Paskakulis.
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