Uma quantidade acumulada de excitação e o sentimento de repressão, vão estar presentes a cada sensação. O entretenimento é você na gaiola, seu dono coloca água, comida, limpa a sujeira do dia a dia e você paga a estadia cantando. Olhares esperam que os entretenha e divirta. Seu canto é a lembrança da liberdade, a forma que muitas vezes se desliga da angústia, seu canto é sua liberdade de expressão.
Sorria, você é mais um na concentração do controle das consciências humanas, sociedade unidimensional da irracionalidade racional. Ela administra seus prazeres e necessidades, fabrica sua fome de consumo, enquanto tua autonomia é assassinada e tua mente violentada. Dominado e doutrinado é o olhar amordaçado que agora olha as estrelas, olhar insaciável, que ao mesmo tempo que busca sente medo de ser livre, se prende a conceitos e preconceitos.
O retorno a liberdade é o sonho daquele que um dia foi capturado em seu estado primitivus et ingennus, onde veritas habitat in interiore homine e a vida flui como uma forte chama na consciência, que se auto descobre na catarse.
*Primitivus et ingennus ? Primitivo e nascido livre
*Veritas habitat in interiore homine ? Verdade habita no interior do homem
.
(Texto publicado no fanzine "O Berro" nº 8, junho/2009, caixa postal 100050, Niterói, RJ, Brasil, CEP 24020-971)
Email:: o.berro@hotmail.com
URL:: www.expressaoliberta.blogspot.com
Nave Mãe diz:
Liberdade!
Poder ser autêntico, rir dos olhares de reprovação, das expectativas construídas pra você, e que não serão aceitas.
Cortar de vez laços doentios, cultivados por muito tempo como se fossem o melhor.
SER.
Mostrar-se.
Permitir-se.
Busco a minha, com todo o meu coração, e já aprendi a não sucumbir nas sutis tentativas de castração, dos que querem o mundo uniformizado, gado.
Acima, um texto bem realista, da situação de muitos de nós.
Abaixo, um vôo lindo, sugestão de dias melhores, escolhas melhores.
Amo vocês!
Voa, liberdade
Jessé
Composição: Mário Maranhão - Eunice Barbosa - Mário Marcos
Voa, voa minha liberdade.
Entra se eu servir como morada.
Deixa eu voar na sua altura
Agarrado na cintura
Da eterna namorada.
Voa feito um sonho desvairado,
Desses que a gente sonha acordado.
Voa, coração esvoaçante,
Feito um pássaro gigante
Contra os ventos do pecado.
Voa nas manhãs ensolaradas...
Entra, faz verdade esta ilusão!
Voa no estalo do meu grito.
Quero ser teu infinito
Neste azul sem dimensão
Voa...
Nenhum comentário:
Postar um comentário