Localizado entre as constelações de Cignus e Lyra, Kepler-10b é o menor planeta já descoberto fora do Sistema Solar. De acordo com os pesquisadores, o objeto se localiza a 560 anos-luz da terra e executa uma revolução ao redor da estrela a cada 0.84 dias. Kepler-10b não se encontra dentro da zona habitável, uma região no espaço em que a distância do planeta até a estrela permite que a água possa existir em estado líquido.
A estrela-mãe é muito parecida com nosso Sol em termos de temperatura e massa, mas é na de idade. Enquanto o Sol tem cerca de 4.5 bilhões de anos, a estrela hospedeira de Kepler-10b é muito mais velha, com cerca de 10.9 bilhões de anos.
"As melhores ferramentas da missão Kepler convergiram para produzir a primeira evidência concreta da existência de um planeta rochoso que orbita uma estrela diferente do Sol", disse a cientista Natalie Batalha, ligada ao Centro de Pesquisas Ames, da Nasa. Batalha é a principal autora do trabalho, publicado esta semana na revista científica Astrophysical Journal.
A descoberta de Kepler-10b foi possível através da detecção na mudança do brilho da estrela, que diminui quando um planeta passa à frente do disco solar. Calculando a quantidade de vezes que esse brilho é modificado, os pesquisadores conseguem determinar a velocidade de translação, a distância até a estrela, o tamanho e a massa do objeto.
No entender de Douglas Hudgins, cientista do programa Kepler junto à Nasa, a descoberta de Kepler 10-b é um marco significativo na busca por planetas semelhantes ao nosso. "Embora o planeta não esteja na zona habitável, essa emocionante descoberta evidencia os tipos de achados possíveis graças à missão da sonda e comprova a promessa de que muito mais novidade vem por aí", disse Hudgins.
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