quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

E me vejo a pensar...



E me vejo pensar...
Nos caminhos do coração,
Que vão e vêm,
Ao sabor do amor.

E me vejo a pensar...
Na voz do espírito,
Que só fala no silêncio
Dos sentimentos.

E me vejo a pensar...
Num mar de estrelas,
Que percebo em mim mesmo,
Quando escuto meu coração.

E me vejo a pensar...
Na luz do espírito, essência do Todo,
Brilhando tanto em cada Ser,
Como uma canção do Eterno.

E me vejo a pensar...
Nos sentimentos que não têm palavras,
E viajam por entre os planos...
De coração a coração.

E me vejo a pensar...
Num amor que não se explica, só se sente...
E eu olho para o céu azul, e vejo a tarde ensolarada,
E também não explico... Mas o meu coração sabe.

E me vejo a pensar...
Numa canção que não escrevi.
Talvez porque ainda não fosse hora.
Mas ela está aqui, brotando...

E me vejo a pensar...
Nos devas solares, mestres tão sutis,
Que marcam os corações com o fogo estelar.
Sim, com o fogo do amor.

E me vejo a pensar...
Naqueles que voltaram para casa,
Lá nas estrelas, bem vivos...
Bem além de minha saudade.

E me vejo a pensar...
Nos meus amigos que vestem corpos de luz.
E que vêm me visitar com seu carinho.
E que me dizem: “A canção está brotando...”

E me vejo a pensar...
Nas luzes que brilham lá em cima.
E também nas luzes dentro de mim mesmo.
Luzes do Todo em tudo.

E me vejo a pensar...
Que, entre o Céu e a Terra, existem tantas coisas.
E também, além, muito além...
Ah, isso não se explica, só se sente.

E me vejo a pensar...
Na realização de uma canção,
Que seja ouvida por outros corações,
Aqui e além, na força de um Grande Amor.

E me vejo a pensar...
No Amor Que Ama Sem Nome,
E que permeia os zilhões de sóis por aí...
E todos os corações.

E me vejo a pensar...
Nesse mar de estrelas que vejo;
Não com os olhos da carne, mas em espírito.
E na alegria que sinto de fazer parte dessa luz.

E me vejo a pensar...
Que há coisas que não têm preço.
Como esse céu azul e essa tarde luminosa.
E esses olhos, que olham como o amor olha a vida.

E me vejo a pensar...
No fogo estelar dos devas solares,
Que não abrasa nem ofusca.
Só marca o coração.

E me vejo a pensar...
Nessa gente vestida com corpos de luz,
Que me abraça, por entre os planos, e me diz:
“Escreve, por amor, que a vida continua... Sempre!”

E me vejo a pensar...
Na limitação dos meus sentidos físicos,
E em tudo que sinto e não entendo, mas o meu coração sabe.
E em tudo que eu sequer imagino, mas que ele já intuiu, por amor.

E me vejo a pensar...
Que o coração fala a outros corações,
Mesmo à distância, numa linguagem secreta,
Cantada pela luz de um Grande Amor.

E me vejo a pensar...
Em tantas coisas, que nem sei...
E algo me diz que a canção já nasceu.
Sim, nasceu aqui mesmo, dentro do meu coração.

E me vejo a pensar...

(Dedicado a essa gente que veste corpos de luz, que não são deuses nem potestades cósmicas, mas, somente amigos extrafísicos, que me visitam com carinho e sempre me orientam a escrever sobre as coisas do espírito e sobre um Grande Amor, que não se explica; só se sente...)

Paz e Luz.

- Wagner Borges – vendo um mar de estrelas, em espírito...
São Paulo, 15 de fevereiro de 2010.

Fonte: IPPB

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