Por Fernando Franco
Pessoal, confesso que bateu um cansaço a partir de toda essa dinâmica de percepção de realidade / ilusão coletiva.
Acho que é hora de refletir um pouco.
Consideremos a nossa parca visão tridimensional. Os apelos midiáticos / televisivos e os vícios mundanos alimentam incessantemente a insensatez e a ignorância em relação ao conhecimento sobre nós mesmos e sobre o mundo onde vivemos.
A ambição desmedida, a competitividade insana e a busca pelos prazeres sensórios são os “desviadores” oficiais do foco da nossa atenção e aí embarcamos, disputando por nacos de coisas perecíveis, alheios à transitoriedade corrente.
Compramos aqui e torcemos por obter vantagens ali. Afinal de contas o mundo é dos espertos, certo?
Desenvolvemos nossas atividades profissionais. E nesse mercado trabalhamos para sobreviver.
Ataque e defesa são as posturas desejáveis para quem se arrisca a viver a curta jornada humana.
Em meio a tudo isso pergunta-se:
- Por onde anda o amor intrínseco a todos?
- Por que vivemos culpando-nos pelo passado inglório e preocupando com o futuro que não chegou?
- Tem algum curso em alguma escola por aí que nos ensine a apreciar o momento presente?
- Por que competimos incessantemente uns com os outros nas arenas dessa jornada?
- Por que insistimos em focar nossas energias nas falhas alheias?
- Por que contamos como conquistas as vantagens que obtivemos às custas dos outros?
- Por que insistimos em alimentar vícios mundanos, tolos e infantis que destroem nossa saúde em níveis físico, mental, emocional e espiritual?
- Por que achamos que o bolo é de quem pegar o primeiro pedaço?
- Se prá tudo existe uma fonte geradora, por que perdemos o contato com nossa FONTE?
- Por que perdemos a noção de que vivemos em um grande organismo, dentro de outros maiores ainda? Faltamos às aulas de biologia, química, física ou matemática?
Há poucos dias descobri que, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), produzimos alimento suficiente para 12 bilhões de pessoas no planeta, mas milhões ainda passam fome. Alheios a isso, há alguns que defendem que o planeta está chegando próximo do limite populacional - somos 6,5 bilhões de habitantes. Há comida para todos?
Não quero discorrer aqui sobre ética, moral e nem caridade. Falemos simplesmente sobre MATURIDADE. Uma característica inerentemente associada à evolução. Representa o desenvolvimento, ainda que árduo de nossas qualidades primevas, resultantes do contato interior, os chamados lampejos de consciência.
A responsabilidade e a conquista são individuais e ao mesmo tempo coletivas, pois não sabemos onde termina uma e começa outra.
Não sabemos ainda quem somos, mas estamos começando a acordar. Este é o primeiro passo.
E sei que não estamos sozinhos.
Confiemos.
Vamos em frente!
Um abraço fraternal para você!
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