Em muitos casos, numa doença, além do tratamento médico convencional, para se conseguir a cura, pode ser necessária também a utilização de recursos que vão além dos meios físicos - recursos tais como a utilização da mente.
E são as descobertas das pesquisas da física atual demonstrando uma interatividade entre o observador e os objetos de sua observação e sugerindo que todas as coisas existem num estado de possibilidade até que alguém as visualize, que nos aproximam sempre mais do mundo invisível. Mundo invisível esse que talvez sustente e mantenha através da conexão cérebro-mente a realidade da forma que a idealizamos, consciente ou inconscientemente.
Foi no início dos anos 70 que o radioterapeuta Carl Simonton descobriu, com a ajuda de sua mulher, a psicóloga Stephanie Simonton, que o uso das imagens mentais poderia contribuir para diminuir os efeitos colaterais e para ampliar os efeitos da radioterapia. Além do tratamento médico, eles instruíam os pacientes a visualizar o sistema imunológico destruindo as células cancerosas e a visualizar os órgãos afetados se tornando saudáveis. As curas por eles obtidas em alguns pacientes com câncer avançado demonstraram a possibilidade de as imagens mentais curativas poderem ser um poderoso método complementar de cura.
Tive a oportunidade de comprovar isso por mim mesmo, em consequência de um acidente ocorrido comigo quando me encontrava em período de estudos na Inglaterra. Aconteceu durante o meu trabalho de pesquisa no Laboratório de Imunologia Experimental do Instituto Chester Beatty, quando, ao inocular um rato, eu espetei o dedo com uma agulha cheia de células leucêmicas. Aparentemente, a partir daí resultou um quadro clínico muito grave com comprometimento dos rins.
Enquanto eu aguardava ser transferido para a Unidade Renal, entrei em profunda depressão e passei a me perguntar: Por que eu? Não achava justo que depois de todos os meus esforços para aprimorar-me cientificamente para começar a produzir, eis que, de repente, tudo iria terminar. Mas, também comecei a pensar: as doenças que afetam os outros, essas por acaso teriam sentido? Afinal, o que tinha eu de tão especial que devesse me conferir imunidade e garantia de vida? Assim, aos poucos, calou-me fundo a lição da Humildade. Mas eu tinha que lutar. Afinal, nunca havia entregado os pontos facilmente. Ao contrário, havia apurado o gosto pela luta na prática do karatê, tendo sido aluno do professor Mitsusuke Harada e do mestre Taketo Okuda. E eis que, pensando nisso, de repente, lembrei-me da técnica da
visualização curativa dos Simontons através da qual os pacientes imaginavam-se lutando contra os seus males e os venciam.
Comecei, então, a visualizar as minhas células de defesa formando anticorpos que se uniam aos microorganismos que estavam me prejudicando, inativando-os e limpando os meus rins, que começavam de novo a formar a urina, que ia sendo coletada na bexiga, gota a gota. Interessante é que em nenhum momento me ocorreu qualquer dúvida a respeito de que o que eu estava fazendo não fosse o que deveria fazer, pois uma indescritível certeza de que aquela visualização era absolutamente vital invadia-me sempre mais.
Num estado de consciência entre o torpor e a vigília, ia repetindo lentamente todo o processo, passando a identificar-me com a própria revitalização dos rins e o restabelecimento da sua função normal. Durante a noite toda, esse único quadro, que mentalmente visualizei, ocupou todo o meu ser. No dia seguinte, enquanto estavam sendo instalados os tubos necessários à diálise peritoneal, antes de passar para a hemodiálise, eu expressei o desejo de urinar, e qual não foi a surpresa de toda a equipe médica quando comecei a urinar, parecendo que não iria acabar mais. Com minha recuperação, a diálise foi logo interrompida e em poucos dias tive alta, curado.
O que tive foi classificado como doença, de características infecciosas, grave e progressiva. Soube depois que um dos experientes colaboradores da equipe médica do Hospital Royal Marsden chegou a prognosticar-me no máximo 48 horas de vida. Detalhes disso tudo os relato no meu livro "Câncer - Corpo e Alma".
Quanto à visualização que fizera, havia-me esquecido totalmente dela, até quando, muitos meses depois, já de volta ao Brasil, assistindo a um curso do médico Celso Charuri sobre o Poder da Mente, lembrei-me do que havia feito e a relacionar as coisas, reconhecendo-lhe a importância e começando a empregá-la inúmeras outras vezes, certificando-me sempre mais do seu enorme valor e poder. Semelhante a esse, há muitos outros exemplos que servem para mostrar que há técnicas e métodos que podem complementar o tratamento com os procedimentos médicos que a moderna tecnologia científica nos dispõe.
O melhor é que, através da visualização curativa, o próprio paciente pode participar ativamente na luta contra as suas doenças, enquanto o seu corpo estiver sendo cuidado pelos médicos. E se o paciente tiver algo muito importante para realizar ou para levar a cabo, tal motivação poderá, através da emoção, intensificar a sua visualização curativa, o que ajudará a alavancá-lo em direção à saúde e à vida.
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