Ser Semente - Por Ana

Vim contar como é ser Semente, ou, na visão dos “normais”, como é ser diferente!

Vamos começar de muito cedo! Assim que nasci, uma “benzedeira” - que sabemos, ser geralmente alguém com relativa visão além dos véus , ou “médium”, ou ainda recentemente “ canal” - disse à minha Mãe quando me viu: “a sua filha é diferente das outras pessoas”... minha Mãe, claro, encheu a senhora de perguntas... mas ela se limitou a dizer que era algo bom, que se tranqüilizasse, mas, era sim, diferente das outras pessoas.

Pequenina, eu ficava no portão de casa esperando que me buscassem... sentia uma sensação de abandono, de estar longe de tudo que era muito querido, e sentia que alguém viria me buscar. E meu local de “encontro” com o Lar, era ( e é ) o céu. Ficava olhando o céu, como se de lá viessem minhas respostas. Nas noites de lua cheia, uma vontade praticamente incontrolável de estar lá fora olhando e sentindo o bem-estar que a lua me traz.

Quando ia dormir, criança, me segurava na cama, porque sentia que meu corpo ia flutuar, e embora achasse divertido, ficava com medo de subir muito ( rs... ). Acordava no meio da noite, vendo seres no meu quarto, dos mais lindos, aos mais absurdamente assustadores. Minha Mãe ( as mães de estelares sofrem!!!), precisava acordar e meu Pai sair da cama pra eu dormir com ela, e dormia agarrada, sentindo-os ali. Isso durou a infância inteira, raras eram as noites que eu não tinha “visitas”. Aos poucos comecei a enfrentá-los, não ficava mais com medo, e fui me fortalecendo aos poucos, me lembrando da coragem que estava tapada com alguns véus. Me lembro até hoje do primeiro momento, que em vez de fugir com medo, parei, e enfrentei.

Crianças estelares deviam ter uma formação especializada, explicações, suporte. Porque descobrimos as respostas, mas até elas chegarem, ô sofrimento! Via naves e seres com muita freqüência no desprendimento pelo sono, e lá eu ia contar para a família o que tinha visto. Isso vai virando lugar comum: “ nave de novo?”, e se acostumam, mas mesmo dentro de casa o “ser diferente” acontece, e não tem mesmo como não acontecer, pois há grande distância entre os estelares e as pessoas ditas “comuns”. Vi naves de tantas formas diferentes que até hoje não vi em imagens pela internet afora. Treinamentos, cenas absurdas pra realidade da 3d, hoje compreendidas com tranqüilidade. Teve época que eu acordava e dizia o que havia para o almoço, e a informação “batia”. Uma vez houve um acidente com um pedreiro que trabalhava aqui perto. Eu acordei, contei a cena toda, diante da família boquiaberta.

Desde aquele tempo, voava pelas ruas da cidade ( sim, voava), e via as pessoas e suas preocupações e realidades no astral. Muitos andam com olhar fixo, fechados em suas idéias, com nenhuma lucidez, e são facilmente usados, por isso “ sair por aí” é algo que é muito melhor ser feito com proteção ( o rezar antes de dormir nunca saiu de moda!), e ciente do que se faz ( estudar, foco). Quando chegou a adolescência, a saudade começou a doer fundo, sentava num cantinho do quintal, olhando o céu, e as lágrimas desciam pelo rosto, ardendo... de algo que eu não sabia o que era, mas que me era muito familiar e querido, e era no céu. Contar isso pras pessoas? Até contei. Os estelares conhecem bem aquele olhar de “ coitada, ela é doida”. E aos poucos a solidão em meio a tantos foi se transformando na solitude saudável, na certeza de estar sempre bem acompanhada e na alegria de esperar os afins encarnados irem chegando.

Quando pude enfim procurar informações pela Internet, lia tudo relacionado a Ufologia que podia, e era uma busca solitária. Um dia descobri um ser de Luz chamado Fada San, com quem conversei, ela com muita atenção e carinho, me acalmou, me “situou” e me lembro como se fosse hoje, disse: “agora é só encontrar os seus afins”. E aí apareceu o Anjo de Luz, e tantos queridos e queridas foram aparecendo, e hoje somos muitos, e estamos alegremente juntos. Fui descobrindo quem Sou, de onde vim, porque estou aqui, o que faço. E aí a caminhada se mistura, com tantos outros que também trabalham por se livrar dos véus, apagar crenças sulcadas no coração, curar feridas ilusórias, enfim, onde todos nós estamos de mãos dadas, em busca de informações, e respostas.

Uma grande e gritante verdade aprendi nesse tempo todo: realmente devemos ler, buscar informações, mas no sentido de aprender a acessar as nossas verdades internas. Nós trazemos a bagagem de Casa, sabemos de muita coisa ainda encoberta, mas para entende-las precisamos de uma correlação com alguma informação aqui da 3d, pra fazer a associação e entender, finalmente. Mas insisto, é necessário acreditar naquilo que o coração diz, e a voz dele é suave e sutil, é preciso praticar silêncio interno pra ouvir, senão ouvimos outras vozes que falam mais alto ( ego, interferências, informações erradas), que não a dele. E diante de tantas informações alarmantes e geralmente infundadas, quando o medo chegar, lembremos também que somos cuidados com infinito carinho por Seres de Luz que não nos desamparam nunca. Realmente não há motivos para temer, somos muito bem protegidos.

Aprendi muita coisa que considero valiosa, e te conto, quem sabe te faça bem também:

*Seja transparente, como uma criança é. Diga o que sente da forma mais simples possível, porque saiba, os complicados sofrem muito. Resgate a pureza do seu coração, que transparece nos seus olhos, que é seu RG energético quando acessado. A pureza do início, de antes de tantas camadas de entulhos que fomos deixando se formar nas nossas costas. Enxergamos as coisas daqui com grossas lentes de equívocos, pecados, enganos, nos fazendo sentir as realidades simples e belas como coisas pesadas e feias. Esforce-se para limpar isso, sinta a pulsação da beleza e da alegria em tudo que acontece.

*Observe a natureza, ela te ensina a curar-se. Mesmo o que é sofrido, cenas tristes, injustiças, saiba, acredite, é monitorado, acolhido e trabalhado pelo Alto. Confia sempre. Quando estiver triste ou sem energia, procure recarregar-se na natureza, no Sol, nas cores do por-do-sol ( lembra de Cidade dos Anjos? – estelares se recarregam ao por-do-sol) . Peça a Arcanjo Miguel que te revigore e te cure por completo, abra seus braços, seja o sol, seja o céu. Compartilhe com os animais queridos a energia pura que eles tem, olhe fundo nos olhinhos amigos deles, abrace-os.

*Ouça músicas que te fazem bem, a música altera nossas células, muda nossa energia, descubra o tipo de música que te faz bem, e se cure com ela. Recomendo mantras, são facilitadores de nossa busca pelo equilíbrio. Sou fã do Chandra Lacombe! Amo meu Amigo Jeshua, leia tudo que ele já canalizou até hoje, (aqui tem algumas) te aproxima muito do amor e da alegria, porque ele mesmo é: amor e alegria em pessoa.

*Outra dica: trabalhe pela lucidez nos desprendimentos durante o sono. Estando lúcido ali, você descobre o que faz, no que trabalha. Eventualmente as besteiras que faz, para serem revistas, e se fortalece, para que não ser presa de seres inferiores. Aos poucos vamos acessando as realidades de outras dimensões, e isso não é difícil. Elas acontecem agora, simultaneamente, e muitas impressões que percebemos são de lá, mas nem damos “ bola”. Estar limpo para ouvir, permitir-se sentir, e deixar que fluam , eis o caminho. Aproveite o momento antes de pegar no sono, das ondas teta, estamos nesses momentos fáceis de ser contatados, de visitar outras realidades, e semi-acordados. Com o tempo você se afia na arte de passear por aí, lúcido. Já vivi experências lindas e inesquecíveis nesses momentos, e já ouvi relatos de muitas outras sementes, que também já viveram. Inclusive me ver , me sentir, detalhadamente, em outra dimensão.

Meu irmão e minha irmã de caminhada, seja feliz agora, ria, seja leve, viva isso com a alma, com seu coração. Se aqui é triste ou alegre, isso quem vai escolher é você pela forma como sente as realidades, que são as mesmas para todos, mudando apenas a nossa interpretação delas. Isso sim, você pode mudar, é escolha sua. Olhe nos olhos, diga que ama, pegue nas mãos, abrace. Que possa deixar atrás de si um rastro colorido e que sua lembrança nos corações irmãos seja amorosa e boa de recordar.

Somos uma grande e linda família, tudo aquilo que nos separa ou afasta é ilusão! De uma vez por todas, acredite nisso, ou comece já a trabalhar em si essa grande verdade. Somos levados pelas mãos pelos nossos Irmãos Maiores, que esperam pacientemente o fim da nossa birra infantil. Sim, é infantilidade toda complicação dessa verdade simples e limpa: SOMOS TODOS UM! Ao final de nossas vivências na carne recobramos nossa lucidez, e assistimos a experiência que passou. Lá, lamentamos muita coisa. Lembra de Epitáfio, dos Titãs? Devia ter amado mais, complicado menos, e por aí vai. Vou colocar aqui abaixo pra gente ver e ouvir, pro nosso coração sair abraçando e amando esse momento único que é estar Aqui.

Não vamos esperar acabar o nosso tempo aqui pra lamentar depois, e arrependidos, pedir outra chance.

Uma grande família de lindas almas, que puras, acreditaram em tudo que ensinaram, inclusive que não somos puros, inclusive que somos pequenos. Seres lindos, sofrendo por que querem mesmo é dizer que amam, mas o orgulho não deixa! Aproveitem sua estada aqui, reflitam nisso tudo, aproveitem, já, e dêem um up em suas vidas! Lembrem-se disso, o abraço e o sorriso custam bem menos que o desistir e o sair batendo portas. Meu coração pula de alegria, e de sentimento de unidade com os Universos, deixem os umbigos de lado, espiem essa grandeza, ouçam, sintam! Que todos sintam meu abraço apertado, cheio de alegria, amor e unidade. Amo todos vocês! Acreditem, Somos UM!

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