:: Elisabeth Cavalcante ::
A mais elevada forma de amor que o ser humano precisa aprender a manifestar é a compaixão. Não é algo fácil de se compreender e, principalmente, vivenciar.
De um modo geral, entendemos a compaixão como a capacidade de sentir o sofrimento do outro e desejar sinceramente minorá-lo. Mas ela tem um sentido muito mais amplo e representa o transbordar da energia amorosa que, uma vez desperta, torna-se tão intensa que precisa ser compartilhada sem qualquer restrição.
A compaixão não tem um objeto específico ao qual se dirija, ela se torna simplesmente disponível a quem quer que possa estar ao seu alcance.
E se for autêntica e verdadeira, deve antes de tudo dirigir-se ao próprio ser que a gerou.
De nada adianta desejarmos compartilhar o amor, se não formos capazes de nutrir a nós mesmos com esta energia. A falta de auto-estima e do reconhecimento de nosso valor, resultado de experiências impostas a nós pelo mundo exterior, faz com que não nos consideremos merecedores de amor.
Enquanto não estivermos plenamente preenchidos pelo nosso próprio amor, seremos incapazes de doá-lo em profundidade a quem quer que seja. Podemos, sim, acreditar que estamos amando, mas, este amor direcionado ao outro tem, na maioria das vezes, tem o objetivo de garantir que ele reconheça e avalize o nosso valor.
Quando esse amor é recusado, perdemos o eixo e mergulhamos no desespero, pela ilusão de que somente o outro poderia preencher nosso vazio interior. Amar a si mesmo é a única defesa contra este risco que todos corremos, enquanto não descobrimos em nós a fonte infinita e inesgotável de amor.
A COMPAIXÃO É TERAPÊUTICA
"....Na compaixão, você simplesmente dá. No amor, você está agradecido porque o outro deu alguma coisa a você. Na compaixão, você está agradecido porque o outro recebeu alguma coisa de você, porque o outro não rejeitou você. Você veio com energia para dar, você veio com muitas flores para compartilhar e o outro lhe permitiu, o outro estava receptivo. Você está agradecido porque o outro estava receptivo.
....Você simplesmente distribui porque você tem. Você tem tanto que se você não distribuir, você se sentirá sobrecarregado. É exatamente como uma nuvem carregada que tem que chover. E da próxima vez quando uma nuvem estiver chovendo observe atentamente e você sempre ouvirá; quando a nuvem estiver chovendo e a terra tiver absorvido, você sempre ouvirá a nuvem dizendo à terra 'muito obrigado'. A terra ajuda a nuvem a se descarregar.
Quando uma flor desabrocha, ela tem que compartilhar a sua fragrância ao vento. Isso é natural. Não é uma barganha, não é um negócio. Isso é simplesmente natural. A flor está repleta de fragrância. O que fazer? Se a flor mantiver a fragrância para si mesma, ela irá se sentir muito, muito tensa, em angústia profunda.
A maior angústia na vida é quando você não pode expressar, quando você não pode comunicar, quando você não pode compartilhar. O homem mais pobre é aquele que nada tem a compartilhar, ou aquele que tem algo a compartilhar, mas que perdeu a capacidade, a arte, a maneira de como compartilhar, aí o homem é pobre.
...O homem de compaixão é o homem mais rico, ele está no topo do mundo. Ele não tem qualquer confinamento, qualquer limitação. Ele simplesmente dá e segue o seu caminho. Ele nem mesmo espera você lhe dizer um muito obrigado. Com tremendo amor ele compartilha a sua energia.
...Para ser compassivo é preciso que se tenha, em primeiro lugar, compaixão por si mesmo. Se você não amar a si mesmo, você nunca será capaz de amar um outro alguém. Se você não for amável consigo mesmo, você não conseguirá ser amável com ninguém mais.
...Qualquer coisa que você for consigo mesmo, você será com os outros. Deixe que isso seja um ditado básico. Se você se detesta, você irá detestar os outros. E foi-lhe ensinado detestar a si mesmo. Ninguém jamais disse a você 'ame a si mesmo'.
...O primeiro passo é: aceite-se como você é. Abandone todos os 'deves". Não carregue qualquer 'deve' em seu coração. Não é para você ser algo diferente do que é. Não é de se esperar que você faça algo que não pertença a você. Você existe para ser exatamente você mesmo.
...Quando você não está tentando se tornar um outro alguém, então, você simplesmente relaxa e uma graça surge. Então, você está cheio de grandeza, esplendor e harmonia, porque aí não existe qualquer conflito. Nenhum lugar para ir, nada pelo qual brigar, nada para forçar nem para obrigar-se violentamente. Você se torna inocente.
Em tal inocência, você sentirá compaixão e amor por si mesmo. Você se sentirá tão feliz consigo mesmo que ainda que Deus venha bater em sua porta e diga: 'Você gostaria de se tornar uma outra pessoa?, você dirá: 'Você ficou louco? Eu sou perfeito! Obrigado, e nunca mais tente fazer isso, eu sou perfeito como sou.
...Seja apenas você mesmo e lembre-se de que você não pode ser alguma outra coisa, faça o que você fizer. Todo esforço é fútil. Você tem que ser simplesmente você mesmo.
...Mova-se lentamente, alerta, observando, estando amoroso. Se você for sexual, eu não digo para abandonar o sexo; eu digo faça-o mais alerta, faça-o como uma prece, faça-o mais profundo, assim ele pode tornar-se amor.
Se você está amando, então, faça isso com mais gratidão, traga uma gratidão, uma alegria, uma celebração e uma prece mais profunda ao amor, traga meditação para ele, assim ele pode se tornar compaixão.
A não ser que a compaixão tenha acontecido para você, não pense que você viveu corretamente, ou que você viveu de alguma maneira. Compaixão é o florescimento. E quando a compaixão acontece para uma pessoa, milhões são curadas. Qualquer um que chegue ao seu redor será curado. A compaixão é terapêutica". OSHO
Elisabeth Cavalcante é Taróloga, Astróloga, Consultora de I Ching e Terapeuta Floral. Email: elisabeth.cavalcante@gmail.com http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=10373 |
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