domingo, 27 de maio de 2012

Aprendendo


Somos Mestres! Mas estamos por vontade própria imersos no esquecimento.
Queríamos viver a ilusão de estarmos sozinhos e aqui estamos!
Desmemoriados, olhamos os acontecimentos, pessoas, paisagens, e como aqueles que sofrem de amnésia vamos aos poucos nos recordando quem somos.
Tudo que nos acontece é fonte de enriquecimento interior se soubermos assim apreciar.
Portanto, digo que aprendi e aprendo com meus professores, também desmemoriados, e sei que os ensino da mesma forma.

Aprendi...
Com as desilusões a não forjar expectativas nem projetar meus desejos nos outros para que se cumpram. Cada um já está comprometido com sua busca, que fardo de expectativas é esse que se coloca nas mãos do outro e se exige o cumprimento?
Com a ingratidão, aprendi a nutrir profundo respeito ao que me dão, e a eterna lembrança do que pude viver em comum, aprendendo que não devo rejeitar jamais a mão que um dia me acarinhou.
Com o julgamento aprendi que me torno leviana toda vez que sentencio culpas às pessoas... eu não vivo em suas vidas, não piso com seus pés... portanto jamais poderia emitir qualquer juízo a respeito daquilo que apenas elas mesmas sabem. Julgar é a maior prova da grande caminhada que ainda nos falta empreender, por mostrar claramente a falta de amor e mansidão no coração.
Com as palavras duras, aprendi quanto medroso alguém pode ficar... quão insanas podem ser as palavras com o único objetivo de afastar ‘adversários’ imaginários, que o medo e o ego ferido construíram.

Como professores uns dos outros, e alunos uns dos outros, sejamos mais amenos nas nossas provações... porque quando exageramos na dureza da lição machucamos demais, e aquele a quem machucamos na verdade somos nós mesmos, porque somos todos um em essência!

Ana


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