Recentemente escrevi um texto adaptado dos ensinamentos do Osho, intitulado Quem é você realmente? Ele mexeu demais com as pessoas e, recebi inúmeras mensagens e depoimentos de agradecimento. Este foi o objetivo: colocar luz onde já não é possível compactuar com o in-sano.
Simplificar a vida é exatamente isto: Colocar atenção e luz onde estamos automatizados, invertendo nossos valores internos, por modelos que jamais foram compatíveis com a nossa felicidade.
Simplificar é isto: aumentar a consciência de quem verdadeiramente somos para então fortalecer o movimento na direção da paz interna.
Condicionamentos e modelos são sinônimos de sofrimento. Dentro dos condicionamentos não podemos Ser um indivíduo, mas uma peça conveniente para a sociedade. E, quando não temos espaço para Ser um indivíduo, torna-se inevitável o sofrimento. A alma sofre, o espírito também.
Consciência é sinônimo de paz. Daquela felicidade que vem sem motivo ou razão, vem lá de dentro. Vem da nossa parte que é indivíduo, essencial, simples. A consciência traz a necessidade de vivenciar o Agora, o único tempo real, alinhado com o verdadeiro Eu. Sentindo o peito, sentindo o coração pulsar.
Quando pensamos muito não estamos sentindo. Estamos no passado ou no futuro, na ilusão, no sofrimento. O único momento que temos para sentir (amar) é quando conscientes da qualidade do nosso Agora. No passado ou no futuro não sentimos ou amamos, somente sofremos.
A resposta que a simples leitura deste texto deu, revela o quanto os modelos e condicionamentos impostos pela sociedade, família e cultura, já não cegam mais a nossa realidade interna e potencial de liberdade com responsabilidade.
Mas muitas pessoas me perguntaram: Como sair dos condicionamentos?
Meditando. Buscando estar presente e observando o farfalhar dos pensamentos e sofrimentos. Buscando viver e sentir somente o Agora. Deixar sair sua vida do passado e futuro, sair da mente. Observe seus pensamentos, Observe o tanto de sofrimento que existe neles. Não se identifique com este sofrimento, apenas observe-o. Sinta-o no coração. Não o julgue, não o critique, apenas observe e perceba que cada pensamento/sofrimento vem de modelos e condicionamentos que você comprou algum dia. Tudo falso. Não é você.
A todo momento: Sentir significa estar no seu corpo. Observe (sinta) seu andar, sua expressão facial, sua respiração, seus odores, seu ar. Não é poesia não. Fico observando as pessoas caminhando na rua e percebo cada coisa. Se as pessoas estivessem sendo filmadas! Que deprimente! Andar acelerado, tronco projetado para a frente num desequilíbrio impressionante, faces amargas, raivosas, fechadas. Desarrumadas, desajeitadas. Para quem está observando fica entre o hilário e o trágico.
Um outro recurso que recomendo para lembrar de sair dos condicionamentos, ou seja, do sono, é despertar através de um ícone. Algo que nos desperte, como um Pac Man no espelho do banheiro ou do carro, na capa da agenda. Faça uma seleção de músicas que te lembrem do bom humor e alegria de viver. Chamo de fita paulada na moleira. Curto muito as músicas dos Tribalistas e aquela Eu me amo do Ultraje a rigor. Tenha uma fita (ou CD) no carro, outra no trabalho e uma terceira
Volto ao tema pedindo atenção para o absurdo nível de exigência que colocamos em nossa vida. Nos achando Deuses, colocamos metas (carregadas daqueles modelos e condicionamentos acima referidos) e queremos que absolutamente tudo dê certo. Nossa mente exige que as peças criadas pelos modelos se encaixem perfeitamente. Mas as peças são falsas, como exigir perfeição em algo falso?
O momento é oportuno para pedir que assistam ao filme A encantadora de baleias. Prestem atenção à figura absurda que é o avô, com modelos e exigências in-sanas. E como a menina, torturada por tudo isso, massacrada, marginalizada, ainda pensa que é culpada por algo.
In-sano, ele sofre, todos os filhos sofrem, a comunidade inteira é alienada. As únicas conscientes, por coincidência figuras femininas, são a avó e a neta. Não deixem de assistir. E mais que isso, sintam, vivenciem e percebam como os modelos são destrutivos.
E nós, enquanto in-sanos e despreparados, inconscientes do valor que é vivenciar a qualidade do Agora, os nossos valores reais, por aborrecimentos mínimos, somos capazes de passar um dia inteiro de mau humor e sofrimento. Confirmamos a nossa distância da realidade. A distância de nós mesmos.
Como sair dos condicionamentos?
Meditar! Desacelerar é fundamental para percebermos os nossos repetitivos enganos. Não estou falando de não ação, mas de colocar atenção na qualidade de cada ação. Da sanidade de cada ação. Da meditação. Da ação presente.
Um exemplo: Alguém estacionou o carro muito encostado ao seu na vaga do shopping. O que você faz?
Entra pela outra porta, liga o rádio e sai cantando para tratar da sua vida ou, você fica irado e estraga os próximos minutos do seu dia?
Por que será que tem gente que parece estar sempre dando tudo certo? Será que nada dá errado para estas pessoas?
Dá aos montes. Só que, para elas, entrar pela porta do lado, uma vez ou outra, não faz a menor diferença. Com certeza não é o mais cômodo, mas é rapidamente solúvel.
E como esse, muitos dos problemas podem ser resolvidos assim, rapidinho, antes de virarem problemões. Basta uma gargalhada, um olhar-se no espelho, um silêncio com respiração profunda, um telefonema, um e-mail, um pedido de desculpas, um deixar barato.
Mas, existem pessoas que são o complexo de perseguição. Acham-se a prioridade da atenção do mundo. São aquelas que nunca ouviram falar de bom humor, flexibilidade, adaptabilidade, versatilidade, crescer, transformar, aprender, alegria de viver. Fincam o pé, compram briga e não deixam barato. O mundo versus elas. Emburrecidas, não conseguem enxergar o cerne da questão.
Vinte e quatro horas é pouco para tudo o que temos que fazer, então por que perder tempo com questões que não podemos resolver ou mudar? Nesta sintonia, sempre acontecem situações irritantes e pilhas de pessoas que vão atrasar nosso dia.
Nestes momentos, desidentifique-se da massa, dos modelos tipo tenho que ser respeitado, tudo tem que ser perfeito e use a porta do lado e vá tratar do que é importante de fato. É inteligente afastar-se destas situações. Não dar alimento para elas. Descondicione-se.
Aliás, muitas pessoas pensam que não podem despertar mais cedo e meditar por uns 30 ou 60 minutos. Ou que não têm 30 minutos a perder com meditação. ERRADO!
Perde-se 30 minutos aqui e ganha-se um dia inteiro de brinde. Aliás, quanto mais vivemos o Agora mais o tempo rende.
Vejam quanto engano:
1) Meditar antes de sair de casa traz uma sintonia de harmonia com a realidade (interna e externa) que atrai somente situações com esta mesma vibração.
2) Meditar traz uma consciência cada vez maior da qualidade do “Agora”, portanto cabe sempre a pergunta: quanto cada coisa que faço me nutre, me faz crescer, me faz sentir vitorioso? Se não faz eu percebo e não me engano. Crio situações para mudanças.
3) Meditar traz uma qualidade de alerta para os nossos pensamentos e atitudes, que chamo de Tempo Divino.
4) Meditar nos torna mais inteligentes e criativos.
Fecho este texto com uma frase típica de minha avó: “Quem faz uma vez e não faz bem, 3 vezes vai e 3 vezes vem”.
Quem faz bem, está em meditação e conquista a qualidade e os benefícios do “Agora”, portanto a alegria de viver e tempo divino.
Quem não faz bem, não está em meditação, 3 vezes irá e 3 vezes voltará. O seu tempo fica desperdiçado com justificativas, ataques e o mau humor de ter que ir e voltar 3 vezes.
Recomendo: Assistir o filme “A encantadora de baleias” e ler o livro “O poder do Agora” (Eckrart Tolle - Ed. Sextante).
Fonte http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=03240 Se copiar do Nave, cite o link: Blog Nave Mãe |
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