segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

A fresta no holograma



Holograma é a paisagem criada para morarmos. 
Criadores poderosos, criamos o nosso mundo particular. 
Enfeitamos ou enfeiamos: isso depende do coração do criador. 

Construído com base no que acreditamos, de acordo com limitações/castrações várias: pode e não pode, feio e bonito. 
E dentro dele nos sentimos seguros. Tão seguros que resistimos muito a abrir uma fresta e espiar fora dele.

Estendemos o holograma para a quarta dimensão e lá edificamos a extensão das nossas criações.
Dormimos, e quando escapamos da carne vamos visitar a extensão do holograma 3d.

Aquilo tudo parece verdade. Aqui parece verdade. Verdades. E de quem, e de quantos. Verdade, aqui?

Em certos pontos de interseção, compartilhamos nossos hologramas. Afim, não afim, entram nessa parte da estória.
Isso tudo é a situação humana, o ambiente que criamos para nos mantermos seguros.

Além disso tudo há o eterno e o que É, isento de dualidades e limitações.
Onde estão nossos eus maiores, onde há somente unidade.

Um dia desses, quando se cansar de seu holograma, pense um pouco no que haverá além dele, e além do holograma coletivo.
Que seja a semente para uma investigação profunda de toda a ilusão vivida e nutrida, e o consequente fim delas.

Nos encontramos pelo caminho. 

Ana

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