Por PAULO A. S. RAFUL e LAURO DE A. S. RAFUL
Muitos acreditam que inteligente é aquele que acumula cursos e diplomas universitários. Outros qualificam como inteligentes aqueles que têm a capacidade de ganhar muito dinheiro. Deixando de lado essas concepções usuais do que é ser inteligente, vamos explorar esse tema sob um novo enfoque, numa concepção mais integral, ligada à nossa vida cotidiana. Nesse sentido, podemos considerar inteligente toda pessoa que vive a vida de maneira agradável, sentindo-se sempre feliz. Por mais estranha que, para alguns, essa concepção possa parecer, indubitavelmente ela precisa ser examinada em profundidade para mudar a visão estreita que temos sobre inteligência.
Vejamos: se alguém está sempre feliz, vivendo plenamente cada momento, se sabe valorizar o simples fato de estar vivo, participando intensamente das experiências que lhe são oferecidas sobre este belíssimo planeta azul, podemos dizer que esse alguém tem a inteligência necessária para compreender o sentido da vida.
Dentro desse enfoque, voltando à primeira concepção de inteligência, perguntamos: Podemos considerar inteligente alguém com vários diplomas, ou ganhando muito dinheiro, mas vivendo apreensivo com seu futuro, angustiado diante da vida, ou infeliz com o que já possui, ambicionando ter sempre mais do que já tem? Na verdade, só merece ser chamada de inteligente a pessoa que aprendeu a RELACIONAR-SE com os problemas da vida. Notem bem que se trata de aprender a RELACIONAR-SE com os problemas, o que não significa obrigatoriamente RESOLVÊ-LOS.
A pessoa inteligente deve aprender a manter-se feliz, APESAR dos problemas que porventura tiver de enfrentar. Um grande sinal de inteligência é ser capaz de optar por sentir-se feliz, mesmo quando as circunstâncias exteriores forem dolorosas. Na verdade, a vida é uma geradora interminável de problemas. Por isso, se formos esperar que não existam problemas para nos sentirmos feliz, provavelmente teremos que esperar para sempre.
A pessoa inteligente compreende isso muito bem e é capaz de separar aquilo que está sentindo dentro de si das circunstâncias exteriores. À primeira vista isso pode parecer um verdadeiro absurdo, pois, usualmente nem mesmo concebemos a possibilidade de separar nossos estados interiores dos acontecimentos exteriores.
A pessoa inteligente, porém, compreendeu que os problemas passam como nuvens no céu, mas o sol, que faz parte de sua essência está sempre brilhando por trás das nuvens. Por isso, descobriram que podem escolher como se sentir diante de qualquer situação. Os problemas relacionados com dinheiro, envelhecimento, doença, morte, catástrofes naturais ou acidentes apresentam-se a todos os seres humanos em maior ou menor intensidade.
Algumas pessoas, porém, são capazes de não se deixar abater por eles. Por isso, nunca se sentem infelizes, depressivas, ressentidas ou revoltadas. Ao contrário, sentem que, apesar de tudo, a chama da vida é o bem mais precioso que existe. Compreenderam que todos esses problemas são inerentes à condição humana e, por isso, não permitem que a felicidade existente dentro de si seja poluída por eles.
Diante dessas reflexões sobre inteligência podemos dizer que, sem dúvida, somente as pessoas capazes de conservar incólume a felicidade dentro de si merecem o título de "inteligentes".
Aliás, muito inteligentes...
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