domingo, 22 de abril de 2012

Ah, como sofrem os amargos...

Ah como sofrem os amargos...

É uma escolha como tantas... 
São sabores! Tudo pode ser doce, mas há quem escolha o gosto amargo na vida...

Elas são carrancudas, desconfiadas, julgadoras, irônicas, armadas. 
Ninguém presta... quem não segue um rigoroso esquema de regras torna-se inimigo facilmente....

E isso tudo é apenas uma estratégia: consiste em focar no negativo das outras pessoas, supervalorizar seus defeitos, se demorar na análise deles, para que não sobre tempo para focar-se nos próprios.
É uma fuga de si mesmo, da bagunça interna, da extrema infelicidade no peito.

Observe as pessoas que se comprazem em falar mal dos outros. Há um prazer no olhar, uma satisfação em colocar holofotes nos deslizes alheios. Observe como escorre fel da fisionomia, observe como os lábios são contraídos... que sorriso cruel... 
Estão agachadas nos cantos, insanas, com discursos cheios de rótulos, à espreita de um escorregão de alguém para demorar-se na sua análise. 

Pessoas assim andam esfoladas... pontos nevrálgicos altamente expostos... qualquer coisa dói, se ofendem com extrema facilidade, e se retraem cada vez mais. 
Seus medos e feridas estão doendo muito, e o remédio nada eficaz encontrado é não cuidar deles e ATACAR.
Desenvolvem uma retórica inteligente, palavras de efeito... não raro usam uma voz acima do tom agradável... todos esses, são recursos para intimidar. 
Intimidar e afastar o ‘oponente’ antes que ele enxergue seus farrapos...

Ah, como sofrem os amargos...

As pessoas procuram o acolhimento umas nas outras. Querem se sentir aceitas, compreendidas. Seja no olhar, nas palavras, no toque. 
E por isso é sozinho o amargo, porque ele exala desconfiança e desamor... e ao sentir essa ‘mensagem de boas-vindas’ o visitante se afasta...

A cura vem quando deixamos cair as nossas armas, quando deixamos de impor superioridade e quando nos enxergamos como irmãos, no mesmo barco. 
Quando deixamos de ser tão duros com os outros, e claro, conosco mesmos. 

O coração do amargo está duro e machucado. Precisa de amor e auto-perdão para curar-se. Histórias doloridas de vidas passadas talvez contribuam para que esse amargor permaneça, mas a nossa paisagem pode e deve ser mudada. 

Que o nosso sabor seja doce... cure-se!

Ana Paskakulis

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